NOSSA FESTA DE 18 ANOS FOI MAIS QUE LINDA.

18 anos da EPC
Parece que foi ontem. Há dezoito anos um sonho começava e hoje ele tem sede própria, mais de cem educandos e educandas matriculadas, uma equipe de vinte e duas pessoas, muitas conquistas e os desafios próprios de uma instituição que centra seus esforços num recorte populacional que historicamente teve seus direitos negados. O nosso sonho de transformação não é fácil. Mas nos tirar dele será muito mais difícil.

Juntamos velhos e novos parceiros para comemorar os nossos dezoito anos. O Afoxé Omô Nilê Ogunjá – que tocou na inauguração da nossa sede aqui na Macaxeira em 2008 – abriu nossa festa e, seis anos depois, firmou ainda mais essa parceria. O Coco Miudinho, grupo de crianças oriundos da Nação Xambá e que tocam um coco de arrepiar, já reconhecem na Escola Pernambucana de Circo um lugar amigo, de afeto, tantas foram as vezes que aqui estiveram e que lá estivemos. Com o grupo Bongar, seu “genitor”, já é assim faz tempo. E Gerlane Lops, que pisou pela primeira vez no nosso picadeiro, já disse que das próximas vezes ela vem. Convidada ou não. Muitos amigos e amigas vieram: a comunidade que se sempre se faz presente e dessa vez não foi diferente; companheiros e companheiras de outras ONG’s; parceiros institucionais e, claro, nossas estrelas maiores, os educandos e educandas. Foram eles e elas que começaram o festejo. Apresentaram, muito a vontade, duas músicas construídas na oficina de criação musical. Destaque para a versão feita para a música “Fico assim sem você”, de Claudinho e Bochecha. Para eles e elas ficou “Fico assim sem a EPC”. Contagiante.

Números circenses elogiadíssimos, criados pela nossa Trupe Circus, e mais o “Som da Rural” e seu mentor Roger de Renor deram a tônica de uma festa afinada pelo diapasão do amor e da certeza que fazemos um trabalho sério, guiados pela certeza que a arte circense é dispositivo poderoso para a assunção da cidadania e de um olhar profundo para si e para o outro.

Muitos mais dezoito anos nos esperam. Muito mais amigos e amigas chegarão à nossa porta, sempre aberta. Nossa lona está fincada em matéria que parece intangível, mas não é. Sonhos se tocam, se esculpem, são apalpados como massa de modelar. Se quiser ver e sentir, é só chegar.

E faça parte dessa história!